Os trilhos anatômicos, também conhecidos como cadeias musculares ou cadeias miofasciais, são padrões de tensão e movimento no corpo humano que se estendem por todo o sistema musculoesquelético.
Esses trilhos são compostos por músculos, tendões, fáscias e outras estruturas conectivas do corpo que trabalham em conjunto para suportar e mover o corpo.
A teoria dos trilhos anatômicos sugere que o corpo humano é uma rede interconectada de cadeias musculares que se estendem desde os pés até a cabeça, passando pelos braços, tronco e pernas. Essas cadeias musculares são responsáveis por manter o equilíbrio postural, a mobilidade e a estabilidade do corpo, e quando uma cadeia muscular está desequilibrada ou tensa, pode afetar todo o sistema musculoesquelético.
Quais são os trilhos anatômicos?
Existem várias abordagens e teorias sobre os trilhos anatômicos no corpo humano. Abaixo, vou descrever algumas das principais cadeias musculares ou trilhos anatômicos:
Linha superficial Posterior: esta cadeia muscular começa nos pés e se estende ao longo das panturrilhas, descendentes, coxas, pelve, coluna vertebral e pescoço, terminando na cabeça. É responsável pela manutenção da postura ereta e pelo movimento do corpo para a frente.
Linha superficial Anterior: esta cadeia começa nos pés e se estende ao longo das pernas, coxas, pelve, abdômen, peito e pescoço, terminando na cabeça. É responsável por criar flexão do tronco e do quadril, extensão de joelho e dorsiflexão do pé e pela manutenção da postura curvada.
Linha Lateral: esta cadeia começa nos pés e se estende ao longo dos lados do corpo, incluindo as pernas, quadril, abdômen, costelas, ombros e pescoço, terminando na cabeça. É responsável pela estabilização do corpo durante os movimentos laterais.
Linha Espiral: esta cadeia começa nos pés e se estende ao longo das pernas, quadril, tronco e ombros, terminando nos braços e mãos. É responsável pela rotação do corpo e pela estabilização durante os movimentos de torção.
Linhas dos membros superiores: exibem mais pontos de ligações miofasciais do que as linhas correspondentes nas pernas.Tem função de trazer, afastar, puxar, empurrar, estabilizar.
Linhas funcionais: são compostas por músculos, fáscias e outros tecidos conectivos que se estendem dos pés até a cabeça, passando pelos braços, tronco e pernas. Tem função postural- estabilização fora a postura de repouso em pé, por ex. yoga, trabalho acima da cabeça. Elas entram em jogo principalmente durante a atividade atlética.
Linha profunda anterior: é um trilho anatômico que inclui os músculos e fáscias que se estendem ao longo da parte anterior do corpo, desde os dedos dos pés até o crânio. Ela é composta por músculos como o músculo tibial anterior, o músculo extensor longo dos dedos e o músculo reto abdominal. É importante para estabilizar a coluna vertebral e do tronco, especialmente durante atividades que envolvam levantamento de peso ou movimentos repetitivos. Além disso, tem relação direta com a ventilação devido às conexões com o diafragma.
Para que servem os trilhos anatômicos?
Os trilhos anatômicos são importantes para a manutenção da postura, equilíbrio e movimento do corpo humano. Eles também desempenham um papel fundamental na distribuição da tensão e no suporte dos órgãos internos.
Além disso, os trilhos anatômicos são amplamente utilizados em práticas terapêuticas como fisioterapia, quiropraxia e osteopatia. A compreensão da estrutura e função dessas cadeias musculares permite que os terapeutas https://drmarcelofranklin.com.br/ avaliem e tratem uma ampla variedade de condições músculo esqueléticas, incluindo lesões esportivas, dor nas costas, dor no pescoço, dores de cabeça, entre outras.
Em resumo, os trilhos anatômicos são importantes para a compreensão da anatomia e biomecânica do corpo humano, para a manutenção da postura e do movimento, e para a prática de técnicas terapêuticas que visam melhorar a saúde e o bem-estar dos pacientes.
O que é liberação miofascial ?
Liberação miofascial é uma técnica de terapia manual que tem como objetivo aliviar dores e tensão muscular, melhorar a mobilidade e a flexibilidade, e restaurar a função muscular normal. A técnica é baseada na ideia de que a dor e a disfunção muscular são causadas por tensão excessiva e aderências nas camadas de tecido conjuntivo (fáscia) que envolve os músculos.
Durante a liberação miofascial, um terapeuta manual usa técnicas manuais suaves e específicas para alongar e manipular a fáscia e os músculos adjacentes, com o objetivo de desfazer as aderências e liberar a tensão muscular. Essas técnicas podem incluir pressão manual, estiramento, rolagem ou desprendimento dos tecidos.
A liberação miofascial pode ser usada para tratar uma ampla variedade de condições musculoesqueléticas, como dores nas costas, pescoço, ombros, síndrome do túnel do carpo, dor miofascial, fibromialgia, entre outras. A técnica também pode ser útil para melhorar a recuperação após lesões ou cirurgias, bem como para aliviar o estresse e a tensão muscular.
A abordagem dos trilhos anatômicos é utilizada por alguns profissionais da área da saúde, como fisioterapeutas, quiropráticos e massoterapeutas, para avaliar e tratar problemas de movimento e postura no corpo humano, ajudando a restaurar o equilíbrio e a função musculoesquelética.
É importante lembrar que cada indivíduo pode apresentar variações em sua estrutura muscular e, portanto, pode ter padrões de tensão e movimento diferentes. O entendimento dos trilhos anatômicos pode ser útil na avaliação e tratamento de desequilíbrios musculares e problemas posturais.
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